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04 Março, 2024
Sustentabilidade

Caminho das abelhas Nativas: Quais espécies vou encontrar por lá?

Saiba mais sobre as espécies de abelhas do meliponário do Caminho das Abelhas Nativas Erika Irma Glufke! 

Caminho das abelhas Nativas: Quais espécies vou encontrar por lá?

O Caminho das Abelhas Nativas Erika Irma Glufke é um projeto que visa a preservação ambiental e, simultaneamente, oferece à comunidade a oportunidade de conhecer melhor a vida das abelhas, declaradas há alguns anos pela Royal Geographical Society de Londres, os seres vivos mais importantes do planeta Terra, você pode ler mais a respeito clicando aqui.

Essas abelhas, possuem ferrão atrofiado e são próprias de cada lugar, recebendo também a denominação A.S.F (Abelhas Sem Ferrão). Sabe-se que há 52 gêneros conhecidos e mais de 400 espécies distribuídas pelo planeta e podem ser encontradas com maior facilidade nas regiões de florestas tropicais. No Brasil, existem cerca de 240 espécies nativas.

O Caminho das abelhas conta com um meliponário formado por 24 enxames de 7 espécies diferentes de abelhas nativas (sem ferrão).

 

Continue lendo para conhecer um pouco mais sobre elas!

 

1. 6 enxames de abelhas Mandaçaia (Melipona mandacaia):

Uma abelha social nativa do Brasil, se destaca por sua coloração, apresentando cabeça e tórax pretos, abdome com faixas amarelas e asas ferrugíneas. Também é conhecida pelos nomes de Amanaçaí, Amanaçaia, Manaçaia e Mandaçaia-Grande. Com aproximadamente 10 a 11 mm de comprimento, essa espécie constrói seus ninhos em árvores ocas, os quais são notáveis por suas grandes dimensões e pela entrada revestida de barro. Esses ninhos, em geral, armazenam consideráveis volumes de mel.

 

2. 5 enxames de abelhas Manduri (Melipona marginata):

São conhecidas por serem uma das menores abelhas do gênero Melipona. Essa variedade é também reconhecida pelos nomes de Guarapu-Miúdo, Taipeira, Tiúba-Preta e Uruçu-Mirim. Seu habitat natural inclui ocos de árvores e paredões de taipa, embora demonstre boa adaptação a caixas racionais. A Manduri, caracterizada por sua agressividade e mandíbulas robustas, apresenta um ataque vigoroso, mordiscando incessantemente quando se sente ameaçada. Medindo entre 6 e 7 mm de comprimento, essa espécie exibe uma coloração negra com pelos grisalhos, além de faixas amarelas onduladas no abdome.

 

3. 4 enxames de abelha Jataí-amarela (Tetragonisca angustula):

É reconhecida por sua rusticidade e habilidade notável na construção de ninhos, além de sua capacidade de adaptação a diferentes ambientes, inclusive em áreas urbanas. Essa abelha, nativa do Brasil, tem uma ampla distribuição geográfica, sendo encontrada desde o Rio Grande do Sul até o México. Sua coloração é amarelo-ouro, e apresenta corbículas pretas, que são estruturas coletoras onde o pólen é armazenado. A jataí é conhecida por sua docilidade, manifestando-se, no máximo, com leves beliscões ou depositando cerume nos intrusos quando se sente ameaçada. Além disso, é uma abelha excepcionalmente pequena, com cerca de 4-5 mm de comprimento.

 

4. 3 enxames de abelha Mirim-Guaçu (Plebeia remota):

Trata-se de uma abelha de porte pequeno, caracterizada por seu comportamento não agressivo. Ela elabora própolis de consistência extremamente viscosa, formando montículos utilizados emergencialmente para imobilizar e envolver invasores quando se sente ameaçada. Essa espécie exibe uma coloração corporal escura, contrastando com a pelagem mais clara. Seu tamanho geralmente varia de 6 a 7 mm. A Mirim-Guaçu constrói seus ninhos em ocos de árvores e barrancos, desde que esses espaços sejam apropriados em tamanho e não excessivamente aquecidos pela exposição direta ao sol.

 

5. 3 enxames de abelha Droriana (Plebeia droryana):

A Droriana recebe diversos nomes populares, como Mirim-Droryana, Abelha-Mosquito, Jataí-Mosquito, Jataí-Preta, Jati e Jati-preta. Caracteriza-se por sua pequena estatura (cerca de 3 mm) e comportamento dócil. Apresenta uma distinta mancha amarela em forma de gota na parte frontal da cabeça, enquanto o restante do corpo exibe tonalidade escura. Sua preferência para nidificação recai sobre fendas em árvores ocas, buracos em rochas ou muros, contanto que esses espaços sejam apropriados em tamanho e não excessivamente expostos ao calor solar.

 

6. 3 enxames de abelhas Negrips (Plebeia nigriceps):

A Negrips, também chamada de Mirim-Mosquito, é uma abelha social pertencente à subfamília dos meliponíneos, destacando-se por sua coloração preta, asas transparentes, pelos pálidos não evidentes e desenhos amarelos na face. Seu habitat de nidificação abrange frestas em rochas e muros, sendo identificada tanto no ecossistema do Pampa quanto na Mata Atlântica.

 

7. 2 enxames de abelha Tubuna (Scaptotrigona bipunctata):

Também chamada de Mandaguari Tubuna, é uma integrante do grupo das Trigonas, conhecidas por não possuírem ferrão. Essa abelha é notoriamente agressiva e, quando ameaçada, libera um tipo de grude, especialmente nos cabelos, enquanto utiliza suas mandíbulas para mordiscar a vítima. Demonstrando grande mobilidade, pode percorrer mais de 1 km em busca de um novo local para se instalar, escolhendo entre caixas de madeira antigas, ocos em árvores e muros.

 

Conhecer essas abelhas é uma experiência única e cheia de significados, afinal, elas nos mostram como é importante o trabalho em conjunto se quisermos construir um mundo mais verde para todos.

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